sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tomelin fala sobre acessibilidade em Santa Catarina

Em três anos, Santa Catarina quer se tornar referência em turismo acessível. A meta faz parte de um projeto da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte que pretende transformar Camboriú e Garopaba em destino turístico para pessoas com necessidades especiais.
O primeiro passo é o mapeamento e o diagnóstico da acessibilidade de cada cidade. Em Camboriú, a etapa inicia hoje, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, enquanto que em Garopaba as atividades começam no dia 2.A estimativa é que a primeira fase esteja concluída em até dois meses. O estudo vai apontar quais melhorias, estratégias e modificações necessárias, e também fornecerá uma estimativa de custo de cada item. A partir daí, serão definidos com as prefeituras os pontos prioritários que serão encaminhados para a arrecadação de recursos em 2011.
Garopaba vai privilegiar o segmento sol e mar. Camboriú, o turismo rural. De acordo com a gerente de Políticas de Turismo da secretaria, Elisa Wypes Sant’Ana de Liz, paralelamente vão ser feitos levantamentos do número de pessoas que possuem necessidades especiais ou problemas de mobilidade nas duas cidades.
Quase 25 milhões de pessoas com necessidades especiais

Vejas as imagens de diferenças que elas precisam e utilizam acessibilidade.
leitura de braille no elevador

piso textil

uma mostra de imagens pisos malu ajeitadas.

cadeirante de deficientes de paralisia
cerebral precisou de ajuda para sair
para sentar na cadeira.

escrita de sinais para surdos ler.

a rampa organizada para cadeirante

rampa da empresa para cadeirantes

interprete de linguas de sinais

bola adaptado para esportes de cegos.

treinamento na fisioterapia para o pc caminhar.

O último Censo de IBGE (2000) aponta que 14,48% da população brasileira possui algum tipo de necessidade especial. São quase 25 milhões de pessoas que apresentam alguma deficiência mental, física, auditiva, visual ou motora. Em Santa Catarina, a percentagem é de 14,21%, o que representa mais de 760 mil habitantes. Para Edison Passafaro, consultor em mobilidade urbana, tecnologia assistiva e inclusão, apesar dos números, a realidade é de exclusão. Ele diz que isso pode mudar se a legislação passar a ser cumprida.
– “Este é, sem dúvida, um projeto que dignifica a inclusão, estabelece o respeito e promove exemplos de humanidade. Eu o apoio e quero, aqui, multiplicá-lo. É a prova da cidadania igualitária e evita a cultura da exclusão. Mesmo com as dificuldades impostas pela vida, estas pessoas podem fazer e desfrutar tanto quanto nós. Precisam apenas de projetos específicos como esse que facilitam a vida de todos. Deveria ser obrigatório: cada novo empreendimento, cada nova construção em uma cidade, acessos para quem é especial. Não podemos pensar apenas no turismo e sim no dia-a-dia dos catarinenses. O poder público, por exemplo, está devendo muito neste quesito. Tenho observado que a acessibilidade é um item impraticável na maioria das nossas repartições e prédios públicos. Tenho feito muito por uma saúde pública melhor, para a melhoria da qualidade de vida todos. Então vou continuar trabalhando, inclusive para os portadores de necessidades especiais”, destaca Tomelin.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Acessibilidade direitos de todos


 

Vivemos em um mundo de intensa urbanização de verticalização arquitetônica. O homem produz seu próprio ambiente interferindo diretamente no comportamento social. A comunicação se tornou veloz, a diversidade humana nunca foi tão evidenciada. A economia expandiu horizontes e busca diferentes nichos de mercado. Os seres humanos mostram suas diferenças e conquistam seus direitos e seus espaços. É continuamos planejando ambientes e produtos com base no conceito ‘homem padrão’. Acessibilidade é um conjunto de alternativas de acessos a edificações, espaços públicos e mobiliários urbano que atendem às necessidades de pessoas com diferentes formas de dificuldades de locomoção e oferecem condições de utilização com segurança e autonomia focalizando os ambientes e as barreiras incapacitantes da sociedade.

Desenvolver a acessibilidade em um ambiente é promover condições de mobilidade com autonomia, eliminando as barreiras arquitetônicas e urbanísticas nas cidades. A acessibilidade é um direito de todos, de ir e vir, uma conquista social salientando a cidadania de cada um.


Quando um espaço é construído acessível a todos é capaz de oferecer oportunidades iguais a todos. As cidades são construídas e na maioria das vezes não levam em consideração os tipos diversos de humanos que habitam essas cidades. Devemos lembrar que a dificuldade não é só ao usuário de cadeiras de rodas.

Existem pessoas com mobilidade reduzida e temporária, gerada por diversos fatores, tais como: idade, gravidez, deficiência auditiva ou visual e acidentes , que levam as pessoas temporariamente ficarem com dificuldades de locomoção.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas formulou normas específicas para acessibilidade, fundamentadas nos referidos instrumentos jurídicos, que vêm apoiar a execução de projetos que objetivem a realização de intervenções arquitetônicas urbanísticas e nos meios de transportes, por parte dos diferentes agentes políticos da sociedade. Estas normas são:

- NBR 9050:1994 – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano.
-NBR 9050/2004- Acessibilidade a edificações, mobiliário espaços e equipamentos urbanos.
- NBR 13994:2000 – Elevadores de passageiros – Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência.
- NBR 14020:1997 – Transporte – Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência.
- NBR 14021:1997 – Transporte – Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano.
- NBR 14022:1997 – Transporte – Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência em ônibus e trólebus, para atendimento urbano e intermunicipal.
- NBR 14273:1999 – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência no transporte aéreo comercial.

Existe um conjunto de normas e observo ainda em várias edificações não atendendo às necessidades da acessibilidade de maneira eficaz. Garantir uma plena acessibilidade é um aspecto essencial de qualidade de vida, urge, no entanto construímos cada vez melhor, com o objetivo de permitir a autonomia de todos os cidadãos.