segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Com recursos de acessibilidade, “Paralela 2010” amplia acesso à arte a público com deficiência

A mostra fica aberta até 28 de novembro e conta com educadores e monitores especialmente treinados para atender a todos os visitantes
Com o objetivo de ampliar o acesso à arte a pessoas com deficiência, a exposição “Paralela 2010 - A Contemplação do Mundo”, dispõe de diferentes recursos de acessibilidade, além de monitores treinados para receberem todos os tipos de público. O evento tem a participação de 82 artistas e está em cartaz no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo até 28 de novembro.
Educadores profissionais e alunos do Liceu que atuam como monitores na exposição passaram por treinamentos pontuais sobre cada deficiência. Fizeram workshops de orientação e mobilidade para guiar visitantes com deficiência visual, de acessibilidade comunicacional para atendimento ao público com deficiência intelectual e participaram de palestra sobre a Cultura Surda, sendo iniciados no aprendizado de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
Eles também tiveram uma oficina de audiodescrição com a professora Lívia Motta, a partir da qual criaram pré-roteiros das obras, que agora estão sendo finalizados pela audiodescritora Jô Moraes, e gravados pelos alunos, cujas vozes foram selecionadas por um grupo de cegos.
Para acompanhar a audiodescrição das obras, as pessoas com deficiência visual terão à disposição um aparelho de MP3 ou o auxílio dos monitores devidamente preparados. A exposição também oferece várias oportunidades táteis. Sob orientação e o acompanhamento dos monitores, os visitantes podem tocar as obras ou suas réplicas.
Piso tátil de alerta foi instalado nos principais pontos de obstáculo nos galpões do Liceu, que conta com um espaço reservado para as necessidades, alimentação e água de cães-guia. O texto do curador Paulo Reis sobre a mostra ganhará uma versão em áudio e vídeo com interpretação em LIBRAS dentro dos próximos dias.
Para o público com deficiência física ou mobilidade reduzida, a Paralela 2010 é 99% acessível, ficando de fora apenas uma sala de vídeo.

I Seminário de Calçadas e Acessibilidade Urbana

O 1º Seminário de Calçadas e Mobilidade Urbana faz parte das ações do Programa Calçada Segura que foi implantado em 2007, em São José, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de construir, recuperar e manter as calçadas da cidade em bom estado de conservação e de acessibilidade a todos, principalmente aos idosos, crianças, gestantes, Pessoas com Deficiência ou com baixa mobilidade.
O programa ganhou novo formato com revisão da lei e criação de um grupo de conscientização que visita os moradores, explicando como funciona essa iniciativa de grande alcance social.  
1º Seminário de Calçadas e Mobilidade Urbana
Será apresentado um cenário do Programa “Calçada Segura” da Prefeitura de São José, como exemplo de programa de acessibilidade a ser implantado em outras prefeituras do Estado de São Paulo, bem como um panorama das questões de acessibilidade.
Objetivos
•Transformar as calçadas da cidade em locais mais seguros para a circulação de pedestres,     
  especialmente idosos, pessoas com deficiência, mães com seus filhos em carrinhos de
  bebê, ou outras pessoas com dificuldade de locomoção, que sofrem com calçadas em mau
  estado.
 • Convencer o munícipe e entidades a investir na adequação da sua própria calçada
• Uniformizar o processo técnico de execução de calçada
• Motivar a todos seguirem as especificações definidas na Lei 7341/07
• Adequar as calçadas dos prédios públicos
Programação
8H ÀS 9H – Recepção, Credenciamento, Welcome Coffee, Visita a amostra e Painel de Fotos
9H ÀS 9H40 – Cerimônia de Abertura
9H40 ÀS 10h10 – Painel
Programa Calçada Segura – Testemunhos
10h10 ÀS 10h25 – Debate
10h30 ÀS 10h45 – Panorama dos Programas de Calçadas
10h45 ÀS 11h00 – Sistemas Integrados de Calçadas – ABCP
11h00 ÀS 11h45 – Painel Cases
Prefeituras Convidadas
11h45 ÀS 12h00 – Debate
12h00 – Encerramento

5' Seminário nacional de acessibilidade


De 18 a 20 de novembro o CREA-SC realizou o 5° Seminário Nacional e 2° Seminário Estadual de Acessibilidade, na Assembléia Legislativa em Florianópolis, com o tema: “O que temos feito na prática?” que contou com a participação de mais de 200 profissionais. Integram também a comissão organizadora o CONFEA, Ministérios Públicos Estadual e Federal, a Assembléia Legislativa de Santa Catarina e a Escola do Legislativo, a Ordem de Advogados do Brasil, a Fundação Catarinense de Educação Especial, a UFSC, a ACAFE, a Federação Catarinense dos Municípios, Secovi, UVESC e as prefeituras de Florianópolis e de São José.

O evento buscou parcerias, estratégias e implementação de políticas públicas e ações concretas, visando a acessibilidade total. Na abertura do seminário foi assinado um termo de cooperação técnica entre o CREA-SC, o Ministério Público e as instituições envolvidas na organização, com objetivo de integrar as atuações de todas as entidades, fixando princípios de ação conjunta para melhor realização das missões institucionais dos celebrantes. Foram ministradas palestras sobre Mobilidade Urbana: programas e fontes de recursos; Percursos Urbanos Acessíveis e Legislação e Fiscalização na área de Acessibilidade.
 
Normas de Acessibilidade.
 
LEI nº 10098, de 19 de dezembro de 2000.

CREA e acessibilidade

      
Em novembro do ano passado foi realizada a primeira edição do seminário estadual, com o tema “Formando consciência para a cidadania”. Uma das conclusões foi a necessidade de capacitar e conscientizar profissionais das áreas de engenharia e arquitetura no sentido de projetar e anotar nas ARTs as disposições específicas de acessibilidade, para que haja uma fiscalização mais efetiva.

O CREA-SC prioriza ações na área de acessibilidade, sempre buscando em parceria com órgãos e entidades conscientizar os profissionais e a sociedade neste sentido. Em 2005 foi realizado junto com o Ministério Público e a Universidade Federal de Santa Catarina, um trabalho de vistoria em prédios públicos e logradouros verificando a acessibilidade nas construções. Foram constatadas dificuldades de acesso em 130 secretarias, escolas, delegacias e hospitais na capital e encaminhado relatório da fiscalização ao Ministério Público para providências.

Visando facilitar aos profissionais do sistema o atendimento à legislação que regulamenta e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade, o Conselho estabeleceu um código de classificação de atividade técnica, o A0831. Ao anotar esse código na ART o profissional estará assumindo a responsabilidade de que a obra/serviço atende às regras previstas nas normas técnicas de acessibilidade. Em Santa Catarina, o número de pessoas deficientes ultrapassa 760 mil, segundo o Censo de 2000 divulgado pelo IBGE.
 

domingo, 21 de novembro de 2010

Seminário da Área da Deficiência Visual debateu o tema "Acessibilidade - do discurso à realidade"

Com o tema "Acessibilidade - do discurso à realidade" foi realizado, de 3 e 5 de novembro, o 3º Seminário da Área da Deficiência Visual na Câmara Municipal.

A atividade foi uma promoção da Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo com o objetivo de informar e debater, com educadores e a sociedade, sobre questões de acessibilidade, tais como necessidades, leis e a real situação do deficiente visual.

Durante o evento, também foi discutida a implantação de um órgão responsável pela fiscalização da acessibilidade no Município. Sobre esse assunto, o secretário municipal de Cidadania e Assistência Social, Leonardo Salum, anunciou que a Prefeitura está estudando a possibilidade de implantar, ainda em 2011, uma Secretaria Municipal de Acessibilidade ou uma diretoria dentro de uma Secretaria já existente voltada para este fim.

O secretário informou que há um grande índice de portadores de deficiência na metade sul do Brasil, "com base em estatísticas seguras, 14,5% da população tem um tipo de deficiência nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul", disse.

Na cidade do Rio Grande, segundo Salum, quase 30 mil pessoas portam algum tipo de deficiência física, desses 48% possuem deficiência visual. "Um índice bastante alto", ressaltou. E foi com base nesses dados, que se iniciou a discutir a viabilidade deste órgão no Município.

Conforme o secretário, o órgão voltado à acessibilidade funcionará de forma transversal, em parceria com as demais secretarias municipais, criando e fiscalizando acessos e direitos sociais relativos a trabalho, escola, saúde, transporte, acessibilidade a prédios públicos, mobilidade urbana, situação de pisos e calçadas, entre outros. Nesse sentido, a Prefeitura pretende treinar e qualificar duas pessoas para atuar como fiscais de acessibilidade, que percorrerão o Município fiscalizando eventuais irregularidades e propondo alternativas.

Cerca de 120 pessoas prestigiaram o Seminário que encerrou-se ontem, no dia em que a Escola José Álvares de Azevedo completou 48 anos de fundação.

A instituição é um órgão não governamental que oferece atendimento a cerca de 80 pessoas com deficiência visual, cegos e de baixa-visão, com o objetivo principal de educar, habilitar e/ou reabilitar alunos de diversas faixas etárias.

Inclusão de deficientes é tema de fórum Em Curitiba há 190 mil pessoas com algum tipo de limitação física, e só 6. 170 têm trabalho

Apresentar à comunidade industrial um panorama da inclusão das Pessoas com Deficiência reabilitados no mercado de trabalho foi o objetivo do Reatiba – I Fórum de Reabilitação, Inclusão e Tecnologia, realizado ontem no Cietep, em Curitiba. Promovido pelo Conselho Paranaense de Cidadania (CPCE), da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o fórum reuniu especialistas e representantes do poder público para discutir, entre outras questões, a Lei de Cotas e a Lei de Cotas da Aprendizagem.
O evento apresentou também uma mostra de produtos, serviços e tecnologias diferenciadas voltadas a essa parcela da população, além de diálogos sobre questões específicas sobre os diversos tipos de deficiência – visual, física, intelectual e auditiva. As empresas Copel, Novozymes, Sadia, Wall Mart, Volvo do Brasil e HSBC apresentaram os cases de seus programas de inclusão. O desfile de roupas para PcD, desenvolvidas pela professora do Senai Cianorte, Leny Pereira, encerrou o evento.
“É importante perceber que somos um público de 24 milhões de pessoas no Brasil todo que sofre de algum tipo de deficiência, e que essas pessoas estão ávidas por produtos que atendam suas necessidades”, disse a empresária Mirella Prosdóscimo, sócia da Adaptare, consultoria especializada em acessibilidade. “É importante que essa demanda tenha expressão e que sejam feitos investimentos no sentido de desenvolver produtos, principalmente nesse momento, em que a questão está tendo mais enfoque”, afirmou Mirella, que faz parte do CPCE.


A empresária apresentou o Escritório Adaptare. Criado com o objetivo de eliminar as barreiras de acessibilidade e atender a todas as necessidades. “O projeto inédito foi criado com o foco em conforto, flexibilidade e segurança”, observa uma das sócias, Tatiana Moura.
De acordo com o secretário Irajá de Brito Vaz, proposta do fórum é facilitar a comunicação entre o que a indústria produz, em termos de produtos voltados às pessoas com deficiência, e o consumidor. “O Reatiba tem a função de ser concentrador de novas idéias e tecnologias e divulgá-las no mercado. A ideia é tornar o nome Reatiba uma referência no calendário anual de Curitiba. fazendo com que esse fórum se transforme em uma feira, a exemplo do que já acontece em alguns Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, disse ele.
Para o secretário do Trabalho e Emprego de Curitiba, Paulo Afonso, ainda há muito a avançar nessa questão. “Segundo o senso de 2000, há cerca de 190 mil pessoas com deficiência em Curitiba e, destas, de acordo com dados do CAGED 2009, apenas 6.170 estão empregadas”, disse ele.
Romeu Sassaki, do CONADE, enfatizou a diferença entre uma empresa integrativa e uma empresa inclusiva. “O primeiro caso é da empresa em que a empregabilidade é responsabilidade exclusiva do candidato, é ele que deve estar pronto para ser empregado. No caso da empresa que pratica a inclusão laboral, a empregabilidade é responsabilidade compartilhada 50% pela empresa e 50% pelo candidato”, explicou ele.
Normas — Arquitetos e engenheiros da Prefeitura de Curitiba e técnicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) discutiram as mudanças na norma que regulamenta as questões de acessibilidade, a NBR – 9050. No encontro, foram apresentadas mudanças já em estudo em outras capitais e discutidas as alterações propostas por Curitiba.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tomelin fala sobre acessibilidade em Santa Catarina

Em três anos, Santa Catarina quer se tornar referência em turismo acessível. A meta faz parte de um projeto da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte que pretende transformar Camboriú e Garopaba em destino turístico para pessoas com necessidades especiais.
O primeiro passo é o mapeamento e o diagnóstico da acessibilidade de cada cidade. Em Camboriú, a etapa inicia hoje, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, enquanto que em Garopaba as atividades começam no dia 2.A estimativa é que a primeira fase esteja concluída em até dois meses. O estudo vai apontar quais melhorias, estratégias e modificações necessárias, e também fornecerá uma estimativa de custo de cada item. A partir daí, serão definidos com as prefeituras os pontos prioritários que serão encaminhados para a arrecadação de recursos em 2011.
Garopaba vai privilegiar o segmento sol e mar. Camboriú, o turismo rural. De acordo com a gerente de Políticas de Turismo da secretaria, Elisa Wypes Sant’Ana de Liz, paralelamente vão ser feitos levantamentos do número de pessoas que possuem necessidades especiais ou problemas de mobilidade nas duas cidades.
Quase 25 milhões de pessoas com necessidades especiais

Vejas as imagens de diferenças que elas precisam e utilizam acessibilidade.
leitura de braille no elevador

piso textil

uma mostra de imagens pisos malu ajeitadas.

cadeirante de deficientes de paralisia
cerebral precisou de ajuda para sair
para sentar na cadeira.

escrita de sinais para surdos ler.

a rampa organizada para cadeirante

rampa da empresa para cadeirantes

interprete de linguas de sinais

bola adaptado para esportes de cegos.

treinamento na fisioterapia para o pc caminhar.

O último Censo de IBGE (2000) aponta que 14,48% da população brasileira possui algum tipo de necessidade especial. São quase 25 milhões de pessoas que apresentam alguma deficiência mental, física, auditiva, visual ou motora. Em Santa Catarina, a percentagem é de 14,21%, o que representa mais de 760 mil habitantes. Para Edison Passafaro, consultor em mobilidade urbana, tecnologia assistiva e inclusão, apesar dos números, a realidade é de exclusão. Ele diz que isso pode mudar se a legislação passar a ser cumprida.
– “Este é, sem dúvida, um projeto que dignifica a inclusão, estabelece o respeito e promove exemplos de humanidade. Eu o apoio e quero, aqui, multiplicá-lo. É a prova da cidadania igualitária e evita a cultura da exclusão. Mesmo com as dificuldades impostas pela vida, estas pessoas podem fazer e desfrutar tanto quanto nós. Precisam apenas de projetos específicos como esse que facilitam a vida de todos. Deveria ser obrigatório: cada novo empreendimento, cada nova construção em uma cidade, acessos para quem é especial. Não podemos pensar apenas no turismo e sim no dia-a-dia dos catarinenses. O poder público, por exemplo, está devendo muito neste quesito. Tenho observado que a acessibilidade é um item impraticável na maioria das nossas repartições e prédios públicos. Tenho feito muito por uma saúde pública melhor, para a melhoria da qualidade de vida todos. Então vou continuar trabalhando, inclusive para os portadores de necessidades especiais”, destaca Tomelin.